67º ANIVERSÁRIO DO ROTARY

 

            A necessidade de seu útil perde-se na história da humanidade. Talvez tenha surgido com o primeiro homem que, desinteressadamente, ajudou seu semelhante.

            Todas as religiões,seitas ou credos, desde milênios atrás pregam o desapego à própria pessoa. Pregar o amor é pregar a doação. Doação que significa desprender‑se de si mesmo.

Uns nascem desapegados : são os privilegiados, os heróis e os mártires.

Outros necessitam aprender a arte da doação : somos quase que todos nas, os homens do Século XX. Sim, necessitamos aprender para transmitirmos aos nossos descendentes. Para que no Século XXI, o amor não seja mais um ato digno de louvor, mas natural como é respirar, pensar e ouvir. Para que no Século XXI o "dar de si" seja espontâneo como o germinar de uma semente, o abrir de uma flor, o cair de uma folha.

Precisamos aprender a arte da doação. Escolas, há muitas.

Entre elas destaca‑se uma que foi fundada há 67 anos . Esta escola tem um lema : "Dar de si antes de  pensar em si", que engloba e sintetiza o desejo inato do homem superior.‑Homem que conseguiu compreender que "mais se beneficia quem melhor serve". Homem que consegue compreender o lema da Campanha da Fraternidade do corrente ano : "Descubra a felicidade de servir".

            Paul Percy Harris, quando fundou o Rotary, descobriu ou melhor, re‑descobriu algo que a humanidade tem desprezado até hoje : o valor da amizade desinteressada como o meio mais essencial de unir os ser­vidores de Deus, para a sua melhor compreensão nesta vida humana.

Numa Convenção do Rotary, alguns anos atrás, foi adotada uma resolução vasada nos seguintes termos:

“Fundamentalmente, Rotary se empenha em reconciliar o conflito sempre presente entre o desejo de beneficio pessoal e o dever, e o conseqüente impulso de servir os outros. Essa filosofia é a filosofia de servir : "Dar de si antes de pensar em si".

Primariamente, um Rotary Club é um grupo de homens representantes de negócios e profissões que aceitaram a filosofia rotária de servir e estão procurando:

1) o estudo coletivo da teoria de servir como uma verdadeira base de sucesso e felicidade nos negócios e na vida;

2) dar demonstrações práticas disso a eles próprios e as suas comunidades;

3) como indivíduos, traduzindo a sua teoria em prática nos seus negócios e nas suas vidas diárias;

4) individual e coletivamente, através de preceito e exemplo ativos, a fim de estimular a sua aceitação tanto em teoria como em prá­tica por todos os não-rotarianos, bem como por todos os rotarianos...

Como aquele que serve precisa agir, Rotary não é simplesmente um estado de espírito, nem tão pouco é a filosofia rotária puramente subjetiva, mas precisa traduzir‑se em atividade objetiva; e o rotariano e o Rotary Club devem por a teoria de servir em prática.

            Tanto é  verdade , que Paul Harris, o fundador escreveu para todo o sempre : "Este é um mundo que se transforma; precisamos nos preparar para acompanhá‑lo. A história do Rotary terá que ser escrita muitas vezes".

Em homenagem a Paul Harris, pediria a todos os presentes que em pé, de mãos dadas, guardássemos alguns segundos de silêncio para que espiritualmente nos uníssemos a todos os companheiros do mundo,  do nosso mundo, e meditássemos sobre o ideal de servir.

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Rotary, parabéns a você.

 (Fevereiro de 1972)

 

 

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