ROTARY INTERNATIONAL
DISTRITO 4310

III CONFERÊNCIA DISTRITAL

COMPARTILHE SEU ENTUSIASMO POR ROTARY

Governador 1995-96 Antonio Hallage, Distrito 4730
            Prezado Governador Ênio Tavares de Almeida, Representante Pessoal do Presidente James Lacy, meu querido amigo, Governador Barrichelo,  presidente desta conferência, prezados companheiros do Colégio Brasileiro de Governadores, presidentes de  clubes, companheiros, companheiras, convidados. Prezados companheiros do Distrito 4310.
             Inicialmente eu gostaria de dizer do imenso privilégio que está sendo para mim e para a Rose, poder participar desta conferência, neste vibrante Distrito que nos tem mostrado pelas suas figuras, pelos seus exemplos, a capacidade e a pujança dos rotarianos que o compõem. Agradeço o convite que me foi feito pelo Governador Barrichelo para falar com vocês sobre um tema que tem sido muito especial para Rotary e para mim também que é o Desenvolvimento do Quadro Social, tendo como mote “Compartilhe seu Entusiasmo por Rotary”.
             É uma excelente oportunidade também para poder apresentar a minha profunda fé em Rotary e na capacidade de servir e de realizar dos rotarianos e rotarianas. Apresento também meus cumprimentos aos participantes dessa nossa III Conferência do Distrito 4310, me permitam que a chame assim, porque a considero também minha. O seu esforço em comparecer nesta manhã e nesta conferência representam o enriquecimento do movimento rotário em direção à melhoria da comunidade e da humanidade como um todo.
             Eu pretendo nestes instantes a seguir, apresentar , não uma palestra acabada, mas reflexões sobre o Rotary na atualidade e suas perspectivas de futuro. E essas idéias, essas pontas de meditação devem ser complementadas com certeza com as meditações de vocês, companheiros e companheiras aqui presentes. Porque, para minha felicidade, se nós somarmos a experiência nesta sala, neste auditório, nós teremos que multiplicar muitas vezes a experiência individual de cada um.
             Mas o quê é Rotary hoje? O quê ele será no futuro? O quê o Rotary será amanhã, depende do quê nós fizermos hoje. Tudo que fizermos para melhorar a vida dos outros certamente retornará para nós. Ao adicionarmos novas lideranças nos nossos clubes, para ampliarmos sua capacidade de servir hoje, estamos auxiliando também, esses líderes da comunidade para que invistam em suas vidas, enriquecendo-as pelo auxílio que darão aos outros, dando, assim, às próprias vidas um significado.
             Devemos investir na motivação dos rotarianos para servir hoje, lembrando que nós nos realizamos na mesma proporção que motivamos outros companheiros a investir conosco, em idéias, programas e projetos. Investir e ser um exemplo. Rotary é gente. Gente que trabalha por gente. Gente que ajuda gente, é a genialidade de Rotary na atualidade e em qualquer época está na riqueza do conteúdo humanitário e de crescimento pessoal, contido em seus programas e projetos.
             Quanto aos programas dedicados à juventude, por exemplo, a genialidade de Rotary está em dar, a eles, uma nova dimensão do mundo e colocar em seus corações idéias que motivem o seu caminhar. Estamos em um mundo em permanente evolução. Vejamos a Internet, por exemplo. A Internet pode ser comparada, de uma certa forma, com a primeira publicação do livro escrito, a Bíblia de Gutemberg, por exemplo. A impressão de livros, assim como a da Bíblia, permitiu que o conhecimento, assim como a religião, fossem levados e debatidos em cada lar, ao invés de manter o monopólio da informação somente nas escolas e nas igrejas.
             A Internet está, por exemplo, determinando o falecimento da distância e ao mesmo tempo a disponibilidade de acesso a arquivos do mundo todo, ao indivíduo comum, bastando que ele se conecte à modernidade. Se de um lado a democratização da informação pode levar ao questionamento da autoridade e do poder, como era visto, até os dias de hoje, pelos que os detinham com exclusividade, essa democratização da informação pode gerar a atividade crescente com aumento da liberdade individual e se desenvolver de acordo com suas próprias potencialidades.
             Mas como a tecnologia da informação pode ser utilizada para manter o Rotary unido como organização? O Rotary é diferente de outras organizações que estruturam a sua força nas suas posses, nas suas propriedades e na quantidade de elementos da sua folha de pagamentos. Neste aspecto o Rotary leva uma grande vantagem, pois não tem propriedades, não pode ser vendido, não pode ser alugado. É uma organização muito além das propriedades, com membros voluntários e não com empregados e que não são, por isso mesmo, propriedades da organização. São membros de uma entidade com um objetivo ideal: promover a paz, o bem estar e a compreensão mundial.
             A tecnologia da informação pode ser usada para nos unir ainda mais, abreviando o tempo entre contatos e a divulgação das informações, reduzindo as distâncias a zero. Alicerçando assim uma maior unidade de mentes e de idéias. Com todas essas vantagens, como deve ser a nossa atuação em relação à instituição a que pertencemos? O quê estamos fazendo para influenciar o destino de Rotary? Eu sou um otimista, inclusive, sobre as possibilidades de futuro do Rotary. Mas não tão otimista em relação à nossa boa vontade de agarrá-los.
             O mundo está em constante mutação. Quem poderia há 10, 15 anos atrás, prever no futuro conforme nós o vivemos hoje. Nós vivíamos, naquele tempo, acreditando saber onde estávamos, onde queríamos chegar e como chegar lá. Mas quantas mudanças ocorreram desde então. E mudanças que ocorreram a partir de atitudes não convencionais. Um exemplo de atitude não convencional nós podemos citar a queda do Muro de Berlim. Nem mesmo o Pentágono, com todos os planos e todas as suas estratégias preparadas para possíveis contingências da “Guerra Fria” , poderia prever uma contingência tão não-convencional, como a adotada por Gorbatchev quando disse, certa vez, a Ronald Reagan: “Presidente nós temos uma arma secreta. Deixaremos de ser seus inimigos.” Foi um novo e estonteante modo de abordagem da vida e do relacionamento entre os dois países.
             Nós rotarianos temos também que, eventualmente adotar atitudes não-convencionais. Para viver e conviver neste mundo de incertezas a grande arma que o Servir Rotário oferece é a da esperança, é a liberdade oferecida, através do serviço prestado e da ajuda às comunidades em necessidade, auxiliando essas comunidades a se tornarem melhores, livres e viverem em paz.
             Uma das receitas  do sucesso de Rotary como instituição moderna está na sua capacidade, principalmente através de projetos de caráter internacional, de auxílio internacional, desenvolver o sentimento de solidariedade para aqueles que nunca serão encontrados pessoalmente, que nunca serão vistos pessoalmente. Quando nós completamos um projeto de subsídios equivalentes que vem uma ajuda de país de fora, essa ajuda vem de pessoas que, talvez, nunca poderão ver aqueles que serão ajudados. Isso é genial em Rotary.
             Ao minorar as necessidades das comunidades que servimos, estamos fazendo uma concessão do eu para com eles, para construir um melhor nós. Teremos que ter, no entanto, muito claro nas nossas consciências que, para que possamos resolver os problemas que enfrentamos hoje, devemos, em resumo, praticar com mais intensidade aquilo que pregamos.
             Jornadas Intelectuais têm que se transformar em jornadas de ação. Cada um de nós tem um sonho em Rotary e tem, também, que se esforçar e transformar esse sonho em realidade, pela ação e não somente por belas palavras. Cada um de nós deve se considerar um administrador de Rotary e fazer com que nossa reputação como tal seja construída através de trabalhos completados e não somente através de certificados e títulos honoríficos.
             O Rotary deve continuar sim a fornecer reconhecimento, mas principalmente ao talento posto a trabalhar, oferecendo, assim, aos que assim atuam espaço suficiente para sua contribuição pessoal. Não podemos ter receio das mudanças que por ventura se façam necessárias nos procedimentos para garantir a convivência da nossa Instituição com os tempos modernos.
            Precisamos, ao mesmo tempo, garantir a vivificação dos princípios que acreditamos e que desejamos ver perpetuados através das gerações. Temos que contribuir com algo de novo em Rotary.
             Permitam que eu ilustre isso com a história de um filósofo árabe chamado Nastrudim. Saindo lá das profundezas do país, um parente veio um dia visitar esse filósofo e trouxe para ele um pato, de presente. Encantado o Nastrudim mandou cozinhar esta ave e partilhou-a com o hóspede através de uma sopa. Depois disso, entretanto, um conterrâneo após o outro começava a visitá-lo, cada um deles, dizendo ser amigo do homem que lhe trouxe o pato. Finalmente, após tantas visitas, o sábio exasperou-se e um dia um outro estranho apareceu. E esse como os demais que o antecederam nada de novo lhe trouxe. Apenas disse: “Sou amigo do amigo, do amigo, do amigo daquele seu parente que lhe trouxe o pato.” E sentou-se à mesa. Aí o Nastrudim trouxe para ele um prato de água quente. “O quê é isso, um prato de água quente?” E o sábio respondeu: “Pois é, isso aí é a sopa, da sopa, da sopa do pato que me trouxe o meu parente.”
             Temos que contribuir. Temos que contribuir com algo de novo em Rotary e não apenas ficarmos repetindo e perder a excelsitude da qualidade da Filosofia Rotária. Uma outra área que nós devemos analisar é a juventude. O Rotary tem insistentemente procurado atrair a juventude, falando apenas de parte do problema. Mas o que é ser jovem? Ser jovem é ter determinação, erguer a fronte altiva, olhar para a frente, alcançar o vôo do impossível, com garra para crescer, para ser gente. Ser jovem é dizer não à tirania, à maldade, à injustiça, à mentira, à droga e ao sexo desenfreado e sem controle. Ser jovem é ter ao mesmo tempo ideal, rebeldia e visão de justiça. Ser jovem é ter energia para recomeçar todo dia.
             Eu visitava um clube, outro dia, para falar sobre juventude e coincidentemente o presidente havia programado para aquela sessão, apresentações do Interact e do Rotaract. Foi a tribuna, inicialmente, a presidente do Interact. Desfilou uma série de realizações e projetos que estavam fazendo. Aí chegou a vez da jovem do Rotaract e ela anunciou: “Sou a secretária do nosso clube de Rotaract. Infelizmente não tenho nada a relatar e nem a felicidade de relatar alguma coisa como o fez a minha companheira do Interact. Eu sou a última rotaractiana que sobrou no clube. Mas venho aqui hoje, dizer a vocês que não desisti. Venho pedir a vocês, de joelhos se for preciso, não deixem o nosso Rotaract morrer.”
             Foi emocionante, companheiros. Foi emocionante ver alguns membros daquele clube, alguns já com idade avançada com lágrimas nos olhos recobrar a juventude. Foi sensacional ver aquela jovem, sozinha ali na frente ser capaz de passar a eles a sua força e o seu entusiasmo. Quando falamos em juventude, portanto, falamos em todos aqueles que adquiriram a juventude através de um ideal. Se temos um ideal, conquistamos a juventude, através do exercício e do esforço em alcançar esse ideal.
 E como o Rotary e os rotarianos participam disso? Servindo, com entusiasmo e acreditando na força da juventude, convocando outros componentes da comunidade à que servimos para conosco compartilhar desse entusiasmo, por Rotary e por suas capacidade, através dos rotarianos ativos e tornar melhor o mundo em que vivemos, construindo pontes para o futuro, sendo tijolos vivos, transmitindo os valores nos quais acreditamos, os bons atos de cidadania, os princípios da ética, da honestidade, da integridade.
             O prazer de servir, realizando projetos de desenvolvimento da comunidade, a preservação da natureza e a visão da ecologia aplicada e pragmática, a visão multi-cultural e a perspectiva internacional de nosso envolvimento, a valorização da atividade profissional, a preservação da família como pedra basilar da vida em comunidade. Sejamos jovens sempre lembrando que só há juventude nos que trabalham com entusiasmo para o futuro, sem entusiasmo para servir não se chega a lugar algum, porque falta de motivação é o que envelhece a alma. Compartilhemos nosso entusiasmo, trazendo novos integrantes para conosco ampliar a capacidade de servir do Rotary, saibamos transmitir às novas gerações valores pelos quais sabemos que vale a pena lutar.
             E quando falamos de novas gerações, falamos em geradores do futuro. Quando falamos em juventude, permitam-me repetir, falamos daqueles como cada um neste auditório adquiriram a juventude através de um ideal, através de um sonho. Numa das madrugadas em que preparava as sessões para serem ministradas aos governadores indicados na assembléia internacional, procurava inspiração para falar sobre o Lema do RI para 1998-99: “Torne Real seu Sonho de Rotary”. Como alguns de vocês sabem, a assembléia ocorre no Hotel Hilton, em Anaheim.
             Havia na cabeceira um livreto da autobiografia do construtor daquela rede de hotéis, o Sr. Conrad Hilton. Ele contava, na sua autobiografia, que recebera de seus pais dois ensinamentos básicos. Sua mãe, que era uma pessoa muito religiosa, tinha sempre uma receita, um remédio para curar tudo: orar. Para ela, orar era algo normal no dia-a-dia, não somente aos domingos, mas todas as manhãs e noites ela reunia seus filhos e orava com eles. Quando qualquer problema ocorria, ela enviava o seu costumeiro conselho: “Vá e ore, meu filho. Entregue os seus problemas a Deus. Ele tem resposta quando nós não temos.”
             Seu pai, por outro lado, era um trabalhador nato. E entendia que todos deviam atuar da mesma forma. Tão necessário para ele quanto o ar que ele respirava, e motivo de refúgio em qualquer situação de problema, a solução era o Trabalho. Com T maiúsculo. Ele era um trabalhador. Quando alguém vinha se lamentar, seu conselho era: “Dê-lhe algo para fazer.” Dessa forma o senhor Conrad Hilton, procurou passar esses dois ensinamentos combinados para seus filhos. Orar e Trabalhar, como regra de vida.
             Embora seus filhos concordassem em teoria com estes ensinamentos, insistiam que algo estava faltando nesta fórmula de vida. “Deve haver algo mais do que só orar e trabalhar”, dizia um deles. “Mas papai, eu conheço muita gente que trabalha e ora bastante e nada acontece”, dizia-lhe outro de seus filhos. E ele só se deu conta do que faltava em sua regra de vida, quando, após vários anos de trabalho e esforço pessoal, estava na reinauguração do Hotel Waldorf Astoria, que passava naquela noite a pertencer após uma grande reforma, à cadeia de Hotéis Hilton. Este tinha sido um desejo que ele havia alimentado durante muitos anos e que naquela grande data, numa linda festa estava sendo concretizado.
             Foi então que o senhor Hilton percebeu o que faltava para completar a trilogia perfeita do sucesso. “Era preciso sonhar.” Sim, era preciso sonhar e ter como sustentáculo desse sonho o trabalho e a fé, para que o sonho se transformasse em realidade. Eu também acredito que há muita razão nestas conclusões. Para grandes realizações e conquistas em nossas vidas, e em Rotary também, é preciso ter fé, trabalhar duro, de forma o mais planejada possível, mas também é necessário uma certa dosagem de sonho. O trabalho e a fé são, penso eu, os pés e as mãos, o corpo enfim que sustentam, dão vida e realidade aos sonhos. Com a percepção das oportunidades (que alguns podem chamar de sorte) e a devida preparação para a ação quando elas surgirem estaremos todos podendo transformar nossos sonhos em realidade.
             Lembremos sempre que cada um de nós, só faz aquilo que tem no coração. Vamos, pois, sensibilizar os nossos corações com sonhos. Mas vamos persistir com muita fé e trabalhar com todo ardor para que este sonho se realize. Vamos compartilhar estes sonhos, sem egoísmo, com outros que possamos com nosso exemplo sensibilizar. Esta é a nossa responsabilidade hoje, em relação ao futuro que pretendermos construir. Compartilhemos nosso entusiasmo por Rotary.
             Nós estamos face-a-face com um futuro incerto e ainda não totalmente estabelecido, mas não um futuro sem visão. Eu frisei que o Rotary é uma organização única, por não possuir propriedades, por ser uma organização muito além das propriedades. A visão é que se constitui nos bens, nas propriedades, nos imóveis dos líderes, mas o poder de transformar o futuro pela ação no presente é que são a sua moeda.
             Nós estamos em um ponto crítico da história. Os fios do destino desta história nos são entregues nas mãos e não podemos agarrá-los de forma irresponsável ou indiferente. Não podemos deixá-los escapar, por nos sentirmos atemorizados ante a responsabilidade que este momento representa. Devemos, isto sim, sentirmo-nos felizes em podermos utilizar ao máximo a nossa capacidade de ação. Não podemos voltar atrás, como indivíduos ou como instituição ao que éramos há 10, 20 ou há um ano atrás.
             Temos portanto que ser:
            - os Gladiadores da Paz - portadores do imortal sonho do espírito humano em todas as épocas, que é o de garantir a paz no mundo, pelo esclarecimento moral e pela conciliação. Porém devemos manter o espírito indômito e compartilhar a vontade de lutar destemidamente pelos princípios e ideais nos quais acreditamos.
            - os Buscadores da Verdade - pois os que são sinceros nesse mister e não falsos demagogos, os que realmente buscam, e não tentam imprimir a vontade apenas através de sua vontade pessoal. Os que não são arbitrários, estes poderão deixar às gerações emergentes, a certeza de que vale a pena subordinar os interesses pessoais em favor da verdade e conseqüentemente da justiça.
            - os Guardiães da Natureza - desta herança que recebemos e que devemos entregar às gerações vindouras melhor e mais bem cuidada, ensinando-lhes a indelegável missão que temos todos de preservar nosso Planeta, garantindo água potável, ar respirável, terra agriculturável e recursos minerais conservados.
            - os Construtores da Sociedade e do Amor - baseada na verdadeira união de todos os povos em busca da confraternização e da prestação mútua de serviços, estruturada na eliminação das barreiras e fronteiras de preconceito, e promotora do mais nobre dos sentimentos do ser humano que é o amor.
             Compartilhemos, portanto, o nosso entusiasmo por Rotary. Pois algum dia alguém o compartilhou conosco.             Compartilhemos com outros para que possam igualmente sentir o bem que estar em Rotary nos fez, pela emoção que nos tem causado em cada ato de servir. Compartilhemos nosso entusiasmo por Rotary para que continue a ser uma força viva na comunidade e sempre em evolução. Para que Rotary continue sendo um modelo de atenção aos menos favorecidos, um modelo de atenção aos jovens em ansiedade ou desesperança, um modelo de atenção aos padrões de ética, ao modelo de atenção à vida em família, um modelo de atenção à evolução das idéias, enfim para que Rotary continue sendo o homogeneizador de castas do século XXI. O futuro é agora. É a nossa vez.