Outubro de 1986
Para cumprir sua
missão de fazer a humanidade caminhar harmonicamente consigo mesma e com a
natureza, a Universidade possui, como importantes armas, o ensino e a pesquisa.
Para que isto ocorra,
obviamente deve estar aberta e sensível aos reclamos da sociedade que a rodeia
e acolhe. Porque é dessa mesma sociedade que ela recebe o recurso humano que
justifica a sua existência, e o recurso material que permite a sua
operacionalização e consecução do objetivo a ser atingido.
Como um ser vivo,
deve influenciar e receber influência do seu ambiente. Olhando para o futuro,
deve ter os pés no presente e seguir as lições aprendidas no passado. Seu
universo tem como limites a intencionalidade de seus propósitos, a força de
seus desafios e o estímulo de uma missão a cumprir.
A Universidade de
São Paulo, hoje reconhecida como expoente na Ciência, há muitos anos ocupa uma
posição de destaque junto ao Setor Florestal Brasileiro. Pelos bancos escolares
da ESALQ já passaram centenas de renomados profissionais e dirigentes que hoje
atuam neste setor. Suas pesquisas, refletidas em teses, trabalhos científicos,
técnicos e de divulgação, quantificam de forma inquestionável sua importância
como centro reconhecido, por excelência, internacionalmente.
Nesse contexto, a
criação do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, em 1968, congregando
destacadas empresas do Setor Florestal, é de uma importância sem precedentes.
Firmando convênio com a USP, foi o primeiro exemplo de uma mudança radical no
relacionamento entre as próprias empresas e destas para com a Universidade. Ano
após ano foram sendo removidas as barreiras do individualismo e a preocupação
com o todo passou a sobrepor-se à mera defesa de interesses particulares e imediatistas.
A convicção da
importância da pesquisa, o reconhecimento da responsabilidade da empresa e a
necessidade de apoiar a Universidade, complementando e potencializando suas
ações, resultou em mútuo benefício e, conseqüentemente, do Setor como um todo.
Hoje, a crença é de que o IPEF se constitui num importante centro
catalizador da integração das entidades de ensino e pesquisa e destas com
congêneres nacionais e do exterior.
Sem perder de
vista os reclamos básicos das empresas que o compõem, ao atender seus anseios
deve procurar traduzi-los dentro dos rumos esperados e reclamados pelas partes
envolvidas e também de acordo com as expectativas da sociedade em geral.
Por isso, o
desafio que no momento se impõe é o aperfeiçoamento da INTEGRAÇÃO USP-IPEF como
irradiadora de uma interação maior. Esta interação subentende sua estruturação
numa sociedade organizada e com valores e objetivos claramente delineados.
Sensibilizadas
para estes fatos, as partes convenentes decidiram programar uma série de ações
para atingir o fim almejado. O JORNAL DO CONVÊNIO é exatamente o PASSO DECISIVO
que necessitava ser dado. Abre suas páginas para informar, noticiar, divulgar,
aproximar e unir fatos, idéias e opiniões.
Nossa expectativa
é que sua contribuição, caro leitor, se constitua num importante traço de união
e que a resultante final se traduza na valorização e engrandecimento da nação
brasileira.